Bolsonaro move ação contra Alexandre de Moraes no STF e o acusa de abuso de autoridade
Bolsonaro move ação contra Alexandre de Moraes no STF e o acusa de abuso de autoridade
Grupo no WhatsApp | O presidente Jair Bolsonaro apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro acusa Moraes de abuso de autoridade. Na notícia-crime encaminhada ao presidente da corte, Luiz Fux, Bolsonaro justificou que o ministro fez “sucessivos ataques à democracia, desrespeito à Constituição e desprezo aos direitos e garantias fundamentais”.
-
-
O presidente também destacou, em mensagem enviada a grupos no WhatsApp, irregularidades na investigação no inquérito das Fake News e nas ações tomadas por Moraes “não previstas no Código de Processo Penal, o que contraria o Marco Civil da Internet”.
LEIA TAMBÉM:
A primeira razão, segundo o presidente, seria a “injustificada investigação no inquérito das Fake News, quer pelo seu exagerado prazo, quer pela ausência de fato ilícito”. O segundo motivo seria “não permitir que a defesa tenha acesso aos autos”. A terceira alegação de Bolsonaro é que “o inquérito das Fake News não respeita o contraditório”. O quarto motivo apontado por ele é que Moraes teria decretado, contra investigados, medidas não previstas no Código de Processo Penal, contrariando o Marco Civil da Internet. O quinto e último ponto afirma que, mesmo após a PF ter concluído que o presidente da República não teria cometido crime em sua live, sobre as urnas eletrônicas, Moraes “insiste em mantê-lo como investigado”.
-
-
No ano passado, Bolsonaro apresentou um pedido de impeachment contra o ministro no Senado, mas a solicitação foi arquivada pela Casa. Ele também realizou declarações diretas em reação ao STF, inclusive, participou de atos democráticos contrários a Corte. Em setembro do ano passado, Bolsonaro fez críticas diretas a Moraes em evento na Avenida Paulista.
Bolsonaro já havia criticado, em um encontro com apoiadores no último domingo, o inquérito das fake news e o classificou de “ostensivo”.
Em 2020, o STF chegou a julgar a validade jurídica do inquérito e a continuidade dele. Na ocasião, dez dos 11 ministros foram a favor da investigação. Apenas o ministro Marco Aurélio foi contra, chamando a ação de "inquérito do fim do mundo, sem limites".
Em julho de 2021, Alexandre de Moraes compartilhou os materiais colhidos na investigação com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No despacho, o ministro apenas avisa sobre o encaminhamento e sugere que o órgão tome as "providências cabíveis".
LEIA TAMBÉM:
Trata-se de uma investigação que se estende por mais de três anos; prazo este que representa o dobro do lapso cronológico que o Supremo Tribunal Federal considera como capaz de causar constrangimento ilegal ao investigado por excesso de prazo. [...] Após mais de 36 meses não há nem mesmo um relatório parcial das investigações. Ou, então, há relatórios parciais e justificativas para prosseguimento do Inquérito que estão sendo ocultados das defesas
-
-
A reação do presidente a Moraes ocorre em um momento em que Bolsonaro e membros do governo reforçam críticas à segurança do sistema eleitoral. O ministro será o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o pleito de outubro.
Na semanas passada, Bolsonaro defendeu a realização de uma auditoria externa no processo eleitoral.
CN - Conexão Notícia.
O jornalismo do Conexão Notícia precisa de você para continuar marcando ponto na vida das pessoas. Faça doação para o site. Sua colaboração é fundamental para seguirmos combatendo o bom combate com a independência que você conhece. A partir de qualquer valor, você pode fazer a diferença. Veja como doar aqui!
LEIA TAMBÉM:
-
-
Músico de Marília Mendonça passa necessidade e fãs ajudam com vaquinha
Vivendo de freelancer em Goiânia, Goiás, o músico Luís Vagner da Silva, de 45 anos, lembra com muito carinho o tempo que tocou para dois grandes nomes da música sertaneja: Cristiano Araújo e Marília Mendonça. Leia a matéria completa, aqui!
LEIA TAMBÉM:
-
-
ISTOÉ - Fake: a ONU jamais inocentou Lula. Aliás, nem mesmo o STF.
Luiz Inácio Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, pode ser tudo, menos inocente. Ao contrário. Foi condenado duas vezes, e em duas instâncias diferentes, por corrupção e lavagem de dinheiro, e teve ambas as condenações ratificadas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e a prisão autorizada pelo próprio STF (Supremo Tribunal Federal).
LEIA TAMBÉM:
-
-
Conteúdo relacionado:
Faça o seu comentário aqui!