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Demanda da China por gelatina coloca jumentos em risco de extinção no Brasil.

   Jumentos.  —  Foto: Divulgação/Freepik.

Demanda da China por gelatina coloca jumentos em risco de extinção no Brasil.
Publicado no Conexão Notícia em 01.julho.2025.

Canal no WhatsApp Espécie perde 94% do rebanho nacional em 29 anos; usados historicamente no sertão, os jumentos estão em risco crítico devido ao comércio internacional de pele para o ejiao.
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O jumento (Equus asinus) possui uma relação de mais de 7 mil anos com o ser humano, sendo fundamental no transporte, agricultura e atividades cotidianas. No sertão brasileiro, ainda hoje, é símbolo de resistência, música e vida, como descrito por Luiz Gonzaga. 

Além de sua contribuição econômica, os jumentos têm relevância cultural — chegando a carregar Jesus em tradições cristãs — e social, ao ajudar famílias rurais em regiões de acesso difícil.

Explosão na demanda por ejiao

A gelatina medicinal conhecida como ejiao, produzida da pele do jumento e consumida na China para fortalecer o sangue, a imunidade e amenizar a menopausa, tem impulsionado o abate maciço de animais. 

Já são estimadas de 4 a 6 milhões de peles utilizadas mundialmente por ano. A China fornece apenas cerca de 2 milhões de peles localmente, o que força a importação de países como Brasil e nações africanas .
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Desastre populacional no Brasil

Dados da Frente Nacional de Defesa dos Jumentos revelam que, entre 1996 e 2025, o Brasil perdeu 94% de sua população, caindo para menos de 80 mil animais. 

Segundo estudos de veterinários da USP, não existem fazendas de reprodução, apenas abates indiscriminados ; operações que expõem os animais a maus-tratos e riscos sanitários críticos . Esse modelo predatório ameaça extinguir os jumentos no país até 2030, alerta o professor Pierre Escodro.

Impactos no bem‑estar animal

Pesquisas publicadas em revistas como Animals e em relatórios da The Donkey Sanctuary documentam doenças, abandono e ambientes insalubres para os animais. 

O transporte irregular aumenta riscos de doenças zoonóticas 

A ausência de regulamentação gera sofrimento extensivo, com mortes por hiperlipemia nos estágios finais do comércio irregular, como foi registrado em fazendas na Bahia.
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Alternativas e mobilização legal

No 3º Workshop Jumentos do Brasil, realizado em Maceió, especialistas defenderam medidas como substituição do colágeno animal por técnicas laboratoriais (fermentação de precisão) para produzir colágeno sem exploração animal. 

Há também proposituras legislativas tramitando na Câmara Federal e na Assembleia da Bahia para proibir o abate destinado ao comércio de pele. 

Além disso, países como Quênia, Nigéria, Tanzânia e nações africanas já adotaram restrições. A União Africana impôs moratória de 15 anos para proteger os jumentos .

O cenário é alarmante: o desaparecimento dos jumentos não só coloca em risco uma espécie ancestral, como também compromete a subsistência de famílias rurais que dependem deles. 

A mobilização científica, legislativa e tecnológica se mostra indispensável para preservar tanto os animais quanto a cultura e economia sertanejas.
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Conexão Notícia, com informações são da UOL.
Edição Geral: CN.

Divulgação do CN - Conexão Notícia.
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