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Gabriel O Pensador comenta a morte do pai na quarentena: “Foi bem estranho”

O rapper carioca Gabriel Pensador. —  Foto/Reprodução.  


Gabriel O Pensador comenta a morte do pai na quarentena: “Foi bem estranho”
Fonte: Observatório de Música  —  Publicado no  CN em 30.maio.2020. 

Famosos -  O rapper Gabriel O Pensador está com música nova! O artista carioca se juntou à Cynthia Luz e ao hitmaker Papatinho para a engajada canção com pegada hip-hop “A Cura Tá No Coração”. O músico concedeu uma entrevista exclusiva ao Observatório da Música, onde comentou sobre o atual e caótico cenário de pandemia vivido pelos brasileiros e falou também sobre a morte de seu pai ocorrida no mês de abril. Confira abaixo:

1 – Como ficará o cenário musical pós quarentena, no seu ponto de vista?

GABRIEL O PENSADOR: “Bom, sobre o cenário musical pós pandemia, se é que ela vai embora algum dia… A gente não sabe né, é difícil prever, acho que a internet veio como um alívio pra não deixar as pessoas tão isoladas. Não só na área da música, a gente vai recorrer cada vez mais ao mundo virtual e as lives já tao mostrando isso, eu acho que comunicação física, encontro, faz falta, mas a música ela ultrapassa barreiras e ela viaja muito bem também sem o encontro físico, ela encontra as pessoas onde elas estiverem através da internet, através do rádio e de outras maneiras. Então a música continua, a gente tem que ver como vai se adaptar a trabalhar com isso mas a força da música ela continua, a importância dela. Eu como amante, ouvinte de música acho q ela passa a ser até mais importante pra quem tá isolado, ela é essencial.“

O músico conversou com o jornalista Leonardo Rodrigues sobre a crise no governo federal com lideranças regionais (confira abaixo).

2 – Você lançou uma música com Cynthia Luz, que é uma nova figura no cenário do rap. Qual seu ponto de vista sobre a nova geração dos rappers?

GABRIEL O PENSADOR: “Eu ainda não a conheço pessoalmente mas já gosto do trabalho dela, ela foi um amor ao receber meu convite, se disponibilizou a gravar voz, gravar imagens pro clipe, correu atrás, a gente ta com movimentos restritos né, todo mundo com dificuldade pra gravar uma voz pra achar o jeito de realizar essa produção mas a gente conseguiu, e ela também ficou feliz com o resultado, que bom né porque pra mim foi uma voz perfeita que eu precisava ali, com estilo, com personalidade, com energia positiva.”


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3 – Como é trabalhar com o Papatinho que além de trabalhar com Anitta também está fazendo produções internacionais?

GABRIEL O PENSADOR: “O Papatinho já é meu amigo faz tempo a gente ja fez coisas juntos, muito orgulho, a música que eu fiz pro meu pai foi com beat dele, a produção dele, entre outras e ‘Fé na Luta‘ também que eu gosto muito de ‘Matei o Presidente 2‘, to feliz. Já é um amigo, e estivemos juntos na final do flamengo la em Lima e cantamos juntos, ele tocou e eu cantei com meu irmão Thiago Mocotó, então já temos uma relação muito boa. A a gente conseguiu realizar essa música a distância, ele fez o beat eu gravei a voz na casa do André Gomes meu grande amigo, que assinou a produção junto com Papatinho, grande baixista, gravou baixo, gravou os teclados, Papatinho fez o beat e os efeitos também com outros instrumentos e deu tudo certo, PH Stelzer da direção do clipe também, parceiro, guerreiro, a gente fez tudo assim se adaptando as condições atuais.”


4 – Como tem sido sua quarentena?

GABRIEL: “Foi tensa pra minha família, meu pai tava internado desde dezembro e o COVID-19 chegou e o hospital foi restringindo as visitas, as pessoas mais velhas da família já não podiam vê-lo, já não podiam sair de casa respeitaram a quarentena claro, eu e minha irmã continuamos indo ao hospital algumas vezes, meu pai um certo momento pediu para que nós não fôssemos mais. As acompanhantes, as enfermeiras particulares também muito corajosamente continuaram indo mas o hospital também travou isso num certo momento e a gente já estava preocupado pro meu pai não ficar sozinho, lutamos ali numa boa com o hospital pra pedir autorização das acompanhantes continuarem indo. Mas só pra vocês estenderem melhor ele estava entre o CTI o quarto e acabava voltando pro CTI, foi entubado em janeiro/fevereiro e resistiu, voltou, mas cada vez com a saúde mais fraca, os médicos avisaram a família que ele não ia resistir por muito tempo, acabou sendo entubado mais uma vez em abril e não resistiu, dia 24 ele faleceu”.



"Obrigado, pai, por tanto amor e pelo seu exemplo de como viver com bondade e personalidade, irreverência e seriedade, respeito e todos e pelo seu carinho constante e infinito em cada gesto, palavra ou olhar. Sempre dedicado e cuidadoso com seu trabalho como médico, com sua família, com seus amigos e com a vida e a alegria de viver. Nunca prejudicou ninguém nem alimentava sentimentos ruins e conquistava a todos com sua autenticidade, ironia e bom humor. #muitoorgulhomeupai Quando eu crescesse eu queria ser que nem você. Agora eu já cresci e ainda quero ser! Descanse em paz, com a sua liberdade de volta, depois de nos dar mais uma demonstração de força e garra nesses últimos tempos de várias internações. Agradeço a todos do Hospital Samaritano (e às acompanhantes terceirizadas) que fizeram o melhor para que ele aguentasse essa fase, e vamos lembrar sempre dos bons momentos e do seu jeitão, que ainda vai nos fazer dar muitas risadas com uma saudade gostosa do inigualável e inesquecível Miguel Contino."
Confira no Instagram.


“Então a gente passou por essa experiência que eu sei que muita gente está passando, enterro restrito, velório pra pouquíssimas pessoas, ele não teve covid, tava com enfisema pulmonar mas a gente não pode nem se abraçar no velório né, com medo de passar o vírus assintomaticamente, por exemplo eu passar pro meu tio ou passar pra alguém, então foi estranho, foi bem estranho, a gente teve que se adaptar e ai que essa história toda acaba me inspirando de alguma forma na música também que fala de amor, de união, a união da família e o amor falaram mais alto ai, numa adaptação às condições que a gente tinha e tem, então não tem missa de sétimo dia, não tem nada disso e eu não sou religioso assim eu não to falando pelo ritual religioso mas pelo encontro, pelo amparo de um abraço, de uma lembrança coletiva, aquela coisa toda que a gente ta acostumado quando alguém se vai”.

5 – Você tem criado material na quarentena?

GABRIEL: “A quarentena foi de muita reflexão e eu to escrevendo bastante, poemas, letras pra outras músicas já saíram aqui também, vai vir coisa nova ai mais pra frente e o canal do youtube também já ta recebendo mais material, eu mesmo já declamei três poemas em vídeo na sessão ‘Sente a Poesia‘, que foi criada agora durante a quarentena. E um deles é um poema bem louco assim de sete minutos e meio chamado ‘Poema da Minha Morte‘, em que eu refleti bastante sobre a vida e a morte, então eu to num período assim de criatividade mas de ritmo mais calmo, me adaptando ao ritmo da natureza, ao que ela nos impôs, e nos impõe agora, e eu agradeço a música por me levantar também, passar positividade pras pessoas. Eu continuo bem, continuo sorrindo, continuo bem humorado, apesar da tristeza, da saudade com a história do meu pai eu to bem, e é um privilégio poder passar através da música, dessa música nova, da live que a gente vai fazer, passar força pra muita gente, tem muita gente ferrada ai psicologicamente, muito deprimida, preocupada e muito confusa e a gente tem o privilégio de transmitir energia positiva através da música. Música, poesia e a internet é uma ferramente excelente pra gente se expressar e receber de volta tanta energia boa, recebi muitas mensagens legais dos fãs e dos amigos, tudo misturado.”



Médicos voluntários do Projeto Missão Covid atendem pessoas com suspeita da doença ou com dúvidas sobre o novo coronavírus. 





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