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93% dos testes rápidos chineses vendidos para a América Latina não têm certificação de saúde na China, divulga estudo

Um kit de teste de anticorpos contra o vírus do PCC na Sophonix, uma empresa que produz kits de teste para uso médico, em Pequim. —  Foto/Reprodução.

93% dos testes rápidos chineses vendidos para a América Latina não têm certificação de saúde na China, divulga estudo
Publicado no Conexão Notícia em 10.set.2020.   

Saúde | Peru é o país com mais testes rápidos dos laboratórios chineses

Atualmente na América Latina, 76 laboratórios chineses vendem seus testes rápidos para o vírus do Partido Comunista Chinês (PCC) para vários países da região. No entanto, uma investigação realizada pela Rede de Jornalistas Latino-Americanos pela Transparência e Anticorrupção (PALTA), descobriu que apenas 5 laboratórios chineses têm o certificado de saúde aprovado pela Administração Nacional de Produtos Médicos (NMPA) do regime chinês, ou seja, apenas 7%.

“Para essa investigação, foi construído um banco de dados com dezenas de contratos públicos, autorizações sanitárias emergenciais de bancos de dados de importação e foi determinado que os testes rápidos dos outros 71 laboratórios chineses não possuem autorização sanitária do Governo de Xi Jinping, nem constam da lista de referência para a China da Organização Mundial da Saúde (OMS) ”, diz o estudo publicado em 8 de setembro.

De acordo com o grupo de jornalistas, a NMPA só emitiu certificados sanitários para um total de 7 fabricantes de testes rápidos até 24 de agosto; dos quais 5 comercializam os testes na região: Wondfo Biotech de Guangdong; o Innovita Pharmaceutical Group em Pequim; Hecin Scientific de Xangai; Vazyme de Nanjing e Livzon Diagnostics de Zhuhai.

O estudo revelou ainda que o Peru é o país com mais testes rápidos dos laboratórios chineses, com um total de 68 grupos comercializando os testes no país; entretanto, 94 por cento desses testes não receberam a certificação NMPA.

O relatório constatou que o Realy Tech é o laboratório chinês que mais comercializa no Peru, mas não é certificado por Pequim. Realy Tech observou que seus testes rápidos são aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, no entanto, o estudo indicou que esses testes não aparecem na lista oficial da agência.

No caso da Colômbia, jornalistas descobriram que dos 20 laboratórios chineses que comercializam seus testes rápidos no país, 15 não têm certificação sanitária.

Na Argentina, apesar do governo Fernández não ter comprado testes rápidos durante a pandemia, a Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (ANMAT) autorizou 15 tipos de testes rápidos da China; dos quais 80% não possuem certificação sanitária na China.

Da mesma forma, no México, apenas um grupo farmacêutico dos 7 que comercializam no país recebeu a certificação sanitária da NMPA: o grupo biotecnológico Innovita, segundo o relatório.

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Até agora, cerca de 10 países – a maioria deles europeus – são conhecidos por terem sido enganados por suprimentos médicos da China, incluindo Espanha e Colômbia.

No final de março, a Espanha recebeu 8.000 kits de diagnóstico rápido para detecção de COVID-19, da China. Os testes tiveram sensibilidade de apenas 30%, quando as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que deveriam ter 80%.

A Embaixada da China na Espanha afirmou que entre a lista de empresas certificadas que tinham licença para exportação de suprimentos médicos, não havia a Shenzhen Bioeasy Biotechnology da qual o governo espanhol comprou os kits.

Por outro lado, o ministro da Saúde colombiano, Fernando Ruiz Gómez, denunciou em abril que mais de 47.000 testes rápidos para detectar COVID-19 estavam com defeito porque o adquiriram de um laboratório que não tinha a aprovação do regime de Pequim.

“Existem muitos enganos nas evidências disponíveis. Foram apresentadas evidências de boa eficácia; mas na prática, quando chegam os kits de aplicação do teste específico, verifica-se que foram substituídos por testes de má qualidade”, disse Ruiz.

Esta recente investigação na América Latina se soma a uma longa lista de esforços fracassados ​​de Pequim para se promover como líder mundial na luta contra a pandemia; essa estratégia também é conhecida como “diplomacia de máscara”.

Embora os países inicialmente tenham recebido bem a ajuda do regime chinês, as reações negativas da comunidade internacional começaram a aumentar depois que equipamentos com defeito foram relatados na China.

De acordo com especialistas, o impulso para a “diplomacia de máscara” do PCC é parte de uma campanha mais ampla para mudar a narrativa global em torno da pandemia, com o objetivo final de desviar a culpa pelo manejo inicial incorreto da epidemia por parte de Pequim, e que eventualmente metastatizou na pandemia global.

“[Enquanto] a América Latina se prepara para um eventual aumento, a China tentaria se apresentar ao mundo como um ator internacional confiável e responsável, além de um benfeitor, graças à sua ajuda generosa e doações. Como o grande líder global na gestão de crises”, diz o relatório do pesquisador e jornalista espanhol Juan Pablo Cardenal, “Propaganda chinesa para um cenário pós-COVID-19”(pdf), publicado pela CADAL em 11 de maio. 
“É importante entender que nem todo o material da China teve o propósito altruísta que o regime comunista finge acreditar”, diz Cardenal, que destaca que essa politização da “ajuda” do regime a outros países lança luz sobre o “ excessiva dependência que o resto do mundo tem da China em certos setores estratégicos”, acrescentou.

À medida que a demanda por equipamentos de proteção à saúde disparava em todo o mundo, milhares de empresas chinesas ingressaram no ramo de fabricação de equipamentos médicos, como máscaras faciais. No entanto, havia preocupações sobre se as operações estavam cumprindo os padrões de saúde e segurança.

Epoch Times
Foto: GREG BAKER / AFP via Getty Images
Por Pachi Valencia



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