Igreja faz culto com avatares, louvor e sermão criados por IA.
Igreja faz culto com avatares, louvor e sermão criados por IA.
Canal no WhatsApp | Igreja luterana na Finlândia realiza celebração inovadora com avatares e sermão criado por IA.
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Uma igreja luterana em Helsinque, na Finlândia, surpreendeu o mundo ao realizar um culto inteiramente planejado com o auxílio da inteligência artificial (IA). A celebração aconteceu na Igreja de Saint Paul, localizada no bairro de Vallila, e contou com a presença de mais de 120 pessoas, entre moradores locais e visitantes internacionais. A proposta, considerada inovadora, uniu fé e tecnologia em um experimento que dividiu opiniões dentro e fora da comunidade cristã.
Como tudo foi conduzido
O culto foi idealizado pelo reverendo Petja Kopperoinen após participar de uma conferência sobre IA e religião. Com apoio de colegas pastores e até de um bispo, a proposta foi colocada em prática: músicas, sermão e até avatares que representavam personagens bíblicos e históricos foram criados com a ajuda da tecnologia.
Um dos avatares mais comentados foi o do ex-presidente finlandês Urho Kekkonen, que “leu” uma passagem do Antigo Testamento. A cerimônia também incluiu interações encenadas entre figuras como Jesus e satanás, tudo de forma virtual.
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Limites éticos e espirituais
Apesar da ousadia, Kopperoinen fez questão de deixar claro que há fronteiras que a IA não deve ultrapassar. Práticas centrais da fé cristã, como o perdão dos pecados e a Eucaristia, foram conduzidas exclusivamente por humanos.
O pastor também alertou para os riscos do uso irresponsável da tecnologia, destacando a importância de revisar todo o conteúdo gerado por IA para evitar erros doutrinários, confusão e desinformação. Segundo ele, a tecnologia ainda não é capaz de oferecer empatia ou resposta espiritual real aos fiéis.
Reações entre os fiéis
Durante a celebração, a participação do público foi ativa, com músicas de órgão tocadas ao vivo e momentos conduzidos por IA. No entanto, muitos participantes relataram sentimentos mistos. Alguns acharam a experiência divertida e diferente, mas muitos sentiram que o culto careceu de calor humano e profundidade espiritual.
A educadora Taru Nieminen declarou: “Não parecia um culto. Faltava conexão.” Essa percepção foi compartilhada por outros presentes, que disseram que, apesar das músicas bem produzidas, o toque emocional humano estava ausente.
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Debates sobre o uso religioso da IA
A introdução da IA no contexto da adoração religiosa abriu um debate mais amplo sobre os limites éticos e práticos dessa tecnologia. Especialistas, como o filósofo Tom Stoneham da Universidade de York, afirmam que a presença humana é essencial em experiências religiosas porque é ela que confere significado espiritual aos rituais.
Outros, como a pesquisadora em ética da tecnologia Anna Puzio, defendem que as igrejas devem estar ativamente envolvidas no desenvolvimento da IA para garantir que seu uso seja ético, transparente e beneficie as pessoas.
O futuro dos cultos e a presença humana
Embora a inovação tenha gerado curiosidade e atraído atenção mundial, a experiência mostrou que a fé continua sendo profundamente ligada ao contato humano. A IA pode colaborar com funções técnicas e criativas, mas não substitui a empatia, o acolhimento e a conexão emocional que um líder religioso proporciona.
A lição que fica é que a tecnologia pode ser uma aliada, desde que utilizada com responsabilidade, sensibilidade e sem perder de vista o que torna os encontros espirituais verdadeiramente significativos: a presença de pessoas para pessoas.
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Fonte: Conexão Notícia, com informações do Christianity Today.
Divulgação do CN - Conexão Notícia.
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