SUS: Mulher faz cirurgia bariátrica sem saber que estava grávida.
SUS: Mulher faz cirurgia bariátrica sem saber que estava grávida.
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Patricia Anny Baptista, analista de RH, teve uma reviravolta em sua vida ao descobrir que estava grávida de três meses apenas um mês após realizar uma cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A informação veio à tona após ela sofrer um desmaio e ser internada para exames. A notícia causou choque, pois Patricia já havia passado por todos os procedimentos exigidos para a cirurgia, inclusive os exames pré-operatórios.
A gestação, até então despercebida, foi uma surpresa em meio a um processo delicado de perda de peso e recuperação cirúrgica.
Do sonho da maternidade à luta pela sobrevivência
Motivada pela dificuldade de engravidar novamente, Patricia decidiu fazer a cirurgia para tratar a obesidade grau II e comorbidades como hipertensão e pré-diabetes.
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Ela foi orientada por médicos que o procedimento poderia ajudá-la a realizar esse sonho. Após a cirurgia, começou a vomitar intensamente e perdeu 30 quilos, quadro que persistiu durante toda a gravidez.
Sem apoio nutricional específico e desacreditada por parte da equipe médica, Patricia manteve a fé. Sua filha, Camila, nasceu prematura, com apenas 540 gramas, e precisou ser reanimada espontaneamente após vir ao mundo sem sinais vitais.
Uma longa batalha pela vida
Camila enfrentou meses de internação em uma UTI neonatal, lidando com complicações graves como sepse, hemorragias, enterocolite necrosante e paradas cardíacas. Ela recebeu alta com 2,5 quilos após seis meses hospitalizada.
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Hoje, com 8 anos, convive com múltiplas sequelas motoras, cognitivas, respiratórias e uma condição autoimune na tireoide.
A criança pesa apenas 14 quilos e é acompanhada por oito especialistas e cinco tipos de terapias. Até os dois anos, precisou de oxigênio suplementar para sobreviver.
Consequências emocionais e batalha judicial
Além do impacto físico na filha, Patricia também sofreu emocionalmente. Foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático e segue em tratamento com medicação e psicoterapia.
A família entrou com uma ação judicial contra o hospital, alegando negligência pela ausência de um novo exame de gravidez antes da cirurgia.
No entanto, após cinco anos, a decisão da Justiça favoreceu a instituição. Patricia afirma que não buscava indenização para si, mas ajuda para custear tratamentos essenciais para sua filha.
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Especialistas apontam falhas no protocolo
Segundo o cirurgião Tiago Szegö, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, não existe uma norma que obrigue a repetição do exame de gravidez antes do procedimento.
Apesar de o teste de Beta hCG fazer parte dos exames pré-operatórios, o tempo de espera no SUS pode impedir que os resultados sejam atualizados.
Ele também ressalta que a recomendação médica é evitar gravidez nos primeiros 12 a 18 meses após a bariátrica, devido ao risco elevado de desnutrição.
Para Patricia, no entanto, “bastava um simples teste de gravidez no dia anterior” para evitar o sofrimento vivido por ela e sua filha.
Conexão Notícia com informações do Pleno News.
Edição Geral: CN.
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Divulgação do CN - Conexão Notícia.
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