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Entenda porque os agentes comunitários de saúde são fundamentais para combater a covid na periferia

   Os agentes comunitários de saúde e o combate à covid-19 na periferia.  —  Foto/Reprodução.

Entenda porque os agentes comunitários de saúde são fundamentais para combater a covid na periferia
Publicado no Conexão Notícia em 08.abril.2021.  

Agentes de Saúde | Oficialmente implementado pelo Ministério da Saúde em 1991, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), com trabalhadores da própria comunidade em busca de melhorias em saúde local. Hoje é o ACS é uma das profissões mais estudadas pelas Universidades, devido ao grau de proximidade entre a população e os programas de governo em saúde. O agente Comunitário tem o papel fundamental de acolhimento, pois é o membro da equipe que faz parte da comunidade e conhece a realidade local e cotidiana, estabelecendo vínculos.

O primeiro caso de Covid-19 foi identificado no Brasil no final do mês de fevereiro de 2020, apesar de já haver evidências de que ele tenha chegado muito antes, trazendo grandes mudanças na rotina dos brasileiros, além dos impactos psicológicos e financeiros nos núcleos familiares. Sendo diagnosticado em princípio em pessoas que estiveram em países com foco de coronavírus, e por consequência foi importado ao Brasil, assim se espalhando de bairros de médio e alto padrão, aonde as condições são menos vulneráveis, chegando posteriormente aos bairros periféricos aonde as condições são mais vulneráveis.

O Agente Comunitário de Saúde, é o profissional que além de atuar na comunidade é morador da mesma localidade, e isso faz total diferença para que a Atenção Primária em Saúde do SUS, através das Equipes de Estratégia de Saúde da Família, possam ter acesso a comunidade e entender sua complexidade, muitas comunidades marcadas por diversos problemas estruturais, sanitários e pela própria violência. Por preferencialmente este profissional ser morador da comunidade, existe um vínculo social, podendo ele ser o porta voz dos problemas em saúde da sociedade a qual representa.


E no momento atual de crise sanitária, aonde o Brasil registra a lamentável marca de mais de 260 mil mortos pela Covid-19, é fundamental a atuação desses profissionais, identificando os focos de transmissão precocemente. Porém muitos municípios brasileiros não estão utilizando esta força de trabalho de uma maneira correta, não oferecendo treinamentos e muito menos equipamentos de proteção individual, expondo estes trabalhadores ainda mais ao risco.

A Atenção primária em Saúde tem o papel fundamental de identificar os foco de doenças e iniciar as medidas preventivas com maior antecedência, as equipes multiprofissionais na qual os agentes comunitários de Saúde estão inseridos, são linha de frente no combate a Covid-19, pois o papel educativo é norteador para a resolução e combate a este momento tão difícil a qual os brasileiros estão vivenciando. Porém, vale lembrar que com implementação das medidas restritivas causadas pelo isolamento social, muitos núcleos familiares perderam renda, afetando ainda mais a vulnerabilidade social e expondo os casos de violência doméstica.

O papel do Agente Comunitário de Saúde neste momento é ainda maior, pois além de identificar e acolher as demandas em saúde, amplia se para as questões sociais como a violência doméstica que, pela permanência dos membros das famílias no mesmo espaço por um período maior, tende a aumentar a sua incidência. E muitas das vezes o primeiro atendimento público das vítimas é feito pelo ACS, que acolhe a demanda, porém diferente de quem não mora na comunidade, o ACS está na comunidade para trabalhar e morar, podendo inclusive ser vítima da própria violência local, embora que o programa seja um sucesso ao longo desses anos, pouco se evolui nas condições de segurança para esses trabalhadores.


Estar na comunidade é fundamental para aproximar o poder público de quem mais precisa dos serviços públicos, o ACS precisa ser olhado e respeitado em sua atuação, oferecendo condições e salários dignos a esses profissionais. A Pandemia de Covid-19 sabemos que ainda permanecerá por alguns meses em nosso país e no mundo, mas quanto mais se investe em Atenção Primária de Saúde, menos gastos teremos em alta complexidade, isso faz total sentido em ampliar a ação dos ACS’s durante esta crise sanitária, pois desta forma conseguiremos identificar e tratar os focos da doença e orientar a comunidade sobre ações preventivas, reforçando também a necessidade dentro das comunidades da vacinação contra a Covid-19, que sabemos que infelizmente por muitas noticias falsas espalhadas nas redes sociais, vem sofrendo prejuízos em sua credibilidade, além da questão de não termos quantidades suficientes para toda a população.

Investir no Programa de Agentes Comunitários em Saúde é investir em vidas, pois prevenir é muito mais eficiente do que tratar o agravamento de doenças. Oferecer treinamentos e equipamentos de proteção individual para estes profissionais trará resultados no combate a Covid-19, além das demais doenças, em destaque as crônicas, que muitos usuários do SUS por medo de contaminação do coronavírus não estão procurando as unidades de saúde. E cabe ao Agente Comunitário de Saúde identificar essas demandas e encaminhar ao poder público para a sua solução, em benefício do individuo e da sociedade.


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Agente Comunitária de Saúde morta por coronavírus já havia tomado as duas doses da vacina
  ACS Nilvania da Costa Silva —  Foto/Reprodução.

Segundo informações compartilhada por Antonio Marcos, a agente de saúde deu entrada no Hospital Municipal de Bom Jesus das Selvas em 25 de março e faleceu no último dia 04 de abril, em um centro de saúde avançado em Imperatriz, referência no combate a doença.

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