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95% da população acima de 18 anos se diz heterossexual, estima IBGE pela 1ª vez

      Divulgados nesta quarta-feira (25), os dados referentes à orientação sexual autodeclarada da população.     —  Imagem/Reprodução.
 
95% da população acima de 18 anos se diz heterossexual, estima IBGE pela 1ª vez.
Publicado no Conexão Notícia em  25.maio.2022.  Atualizado em 16.julho.2022.       

Grupo no WhatsApp Divulgados nesta quarta-feira (25), os dados referentes à orientação sexual autodeclarada da população foram levantados pela primeira vez pelo IBGE.
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Levantamento feito pela primeira vez pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que 94,8% das pessoas de 18 anos ou mais no país se declaram heterossexuais. Entre os entrevistados, 1,8% se disseram homossexuais (1,13%) ou bissexuais (0,69%). 

Divulgados nesta quarta-feira (25), os dados referentes à orientação sexual autodeclarada da população foram levantados em um módulo inserido na PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), realizada em 2019, em parceria com o Ministério da Saúde.

A pesquisa foi realizada em 108 mil domicílios, por amostragem probabilística. De forma inédita, os entrevistados foram questionados sobre sua orientação sexual, com seis opções de resposta – heterossexual, homossexual, bissexual, outra, não sabe e recusou-se a responder.

Cerca de 2,3% escolheram não responder, porcentagem superior à soma de homossexuais e bissexuais. Outros 1,1% disseram que não sabiam e 0,1% afirmaram que têm outra orientação sexual (como assexual e pansexual, por exemplo).


A soma das porcentagens passa de 100% em função do arredondamento, informou o instituto.
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Não houve coleta a respeito da identidade de gênero da população. O IBGE afirmou que ainda estuda metodologia para incluir o tema em suas pesquisas.

Segundo a PNS, em 2019 havia 159,2 milhões de pessoas acima de 18 anos no país. Assim, de acordo com a estimativa da pesquisa, eram 1,1 milhão de bissexuais, 1,8 milhão de homossexuais e 150,8 milhões de heterossexuais.

        O IBGE diz que a divulgação da pesquisa já estava prevista e que o comunicado foi apenas antecipado.     —  Imagem/Reprodução.

Considerando o sexo biológico dos entrevistados, o percentual de mulheres bissexuais (0,8%) é maior do que o de homens bissexuais (0,5%). Em paralelo, a porcentagem de mulheres homossexuais (0,9%) é menor do que a de homens homossexuais (1,4%).

Do total de 1,1 milhão de pessoas declaradas como bissexuais, a maioria são mulheres (65,6%). Já das 1,8 milhão de pessoas declaradas como homossexuais, os homens são a maioria (56,9%).

A idade aparece como um fator que influencia a autodeclaração -c onforme mais velhos os entrevistados, menor o percentual de não heterossexuais.
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Na faixa entre 18 e 29 anos, 4,8% se declararam homossexuais ou bissexuais. Esse percentual cai para 0,2% entre os que têm 60 anos ou mais.

O nível de instrução também pareceu impactar os resultados. Entre aqueles com superior completo, 3,2% se disseram homossexuais ou bissexuais. O percentual cai para 0,5% no caso dos entrevistados sem instrução ou com o fundamental incompleto.


A porcentagem de pessoas que se recusaram ou que não sabiam responder também foi menor entre os que completaram o ensino superior.

O percentual de homossexuais e bissexuais também aumenta conforme cresce o rendimento domiciliar per capita. Entre os entrevistados que ganham até meio salário mínimo, 1,3% se declararam dessa forma.

Já entre aqueles que recebem mais de cinco salários mínimos, 3,5% se disseram homossexuais ou bissexuais.

Na área urbana, 2% das pessoas informaram ser homossexuais ou bissexuais, enquanto na área rural esse percentual ficou em 0,8%.

A cor dos entrevistados não teve impacto significativo sobre os percentuais.

O IBGE diz que os dados são experimentais e que ainda estão sob avaliação por "não terem atingido um grau completo de maturidade em termos de harmonização, cobertura ou metodologia, sendo, portanto, um primeiro exercício para a captação do tema em questão".
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O instituto lista ainda algumas limitações da pesquisa. Na maior parte dos casos, o preenchimento foi realizado pelo entrevistador, o que poderia influenciar a pessoa a fornecer uma resposta que ela considerasse mais bem aceita socialmente.

O IBGE também afirma que houve uma recomendação expressa para que fosse assegurada a privacidade do entrevistado, mas diz que isso nem sempre foi possível.

"Ainda que com limitações, a divulgação desses dados permite dar visibilidade à população de homossexuais, bissexuais e outras orientações sexuais, com estimativas, em âmbito nacional, relacionadas a uma amostra probabilística e representativa das diferentes regiões do país", afirma o instituto.

CENSO
Em março, o MPF (Ministério Público Federal) ingressou com uma ação civil pública na Justiça Federal do Acre para que o Censo 2022 incluísse perguntas sobre população LGBTQIA+.

A Procuradoria pediu que o IBGE, responsável pelo Censo, fosse obrigado a adicionar campos referentes à identidade de gênero e à orientação sexual nos questionários básico e amostral do estudo.

O MPF afirma que a limitação na identificação desse grupo configura um impedimento para a formulação de políticas públicas específicas.

"É somente a partir do momento em que são vocalizadas, que as demandas sociais passam a integrar a agenda estatal: a miséria, as dificuldades de acesso aos serviços de saúde, o baixo desempenho escolar e a violência são exemplos de problemas sociais diagnosticados por instituições brasileiras de pesquisa e estatística ao longo das últimas décadas que foram incorporadas ao centro das discussões da gestão pública", diz o órgão na inicial.
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À época, o instituto respondeu em nota que o Censo "não é a pesquisa adequada para sondagem ou investigação de identidade de gênero e orientação sexual".


"A metodologia de captação das informações do Censo permite que um morador possa responder por ele e pelos demais residentes do domicílio. Pelo caráter sensível e privado da informação, as perguntas sobre a orientação sexual de um determinado morador só podem ser respondidas por ele mesmo", disse o IBGE.

O MPF argumenta que quesitos sobre cor e raça também já foram considerados dados sensíveis e que, ainda assim, o IBGE faz as perguntas, com a orientação para que a resposta seja dada de acordo com a identificação do entrevistado, sem questionamentos.

Além disso, a Procuradoria afirma que a legislação assegura o caráter sigiloso das informações e que, por isso, não se pode falar em exposição da privacidade.
Após ter sido acionado pelo MPF, o instituto informou que os indicadores referentes à orientação sexual seriam divulgados em maio, como parte da PNS realizada em 2019.

O IBGE diz que a divulgação da pesquisa já estava prevista e que o comunicado foi apenas antecipado.

A ação foi ajuizada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias. Ele diz à reportagem que considera insuficiente a inclusão da pergunta sobre orientação sexual na Pesquisa Nacional de Saúde.
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"A PNS objetiva conhecer o perfil epidemiológico de uma população, não tem nada a ver com censo demográfico. De forma alguma supre", afirma.

Dias também ressalta que não foram coletadas informações sobre a identidade de gênero dos entrevistados e lembra que a PNS envolve uma amostra reduzida, bastante inferior à do Censo.

Ana Luiza Albuquerque - Folhapress.

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Músico de Marília Mendonça passa necessidade e fãs ajudam com vaquinha

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ISTOÉ - Fake: a ONU jamais inocentou Lula. Aliás, nem mesmo o STF.

      Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.     —  Foto/Reprodução.
 
Luiz Inácio Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, pode ser tudo, menos inocente. Ao contrário. Foi condenado duas vezes, e em duas instâncias diferentes, por corrupção e lavagem de dinheiro, e teve ambas as condenações ratificadas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e a prisão autorizada pelo próprio STF (Supremo Tribunal Federal).

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