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Mandetta: “Eu tenho conversado com o Moro, com o Amoêdo, com o Huck” sobre 2022

Deputado Federal Henrique Mandetta, ex-ministro da saúde —  Foto/Reprodução.

Mandetta: “Eu tenho conversado com o Moro, com o Amoêdo, com o Huck” sobre 2022
Publicado no Conexão Notícia em 10.nov.2020.  

Agentes de Saúde | Em entrevista para a Folha de S. Paulo, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) disse que tem conversado com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o apresentador da Globo, Luciano Huck e João Amoêdo, ex-presidente do Novo, sobre as eleições de 2022.

Isso está muito incipiente ainda. Vai ser a tônica de 2021 inteiro, afirmou.

Eu tenho conversado com o Moro, com o Amoêdo, com o Huck, o que eles estão achando, como é que está, como é que não está, mas volto a repetir:

é muito distante ainda de ter um projeto para o país.

O deputado Henrique Mandetta tem sido muito criticado pelos agentes comunitários de saúde e Agentes de combate às endemias do Brasil inteiro. Segundo os agentes, ele foi negligente com estas categorias, durante o período que esteve no Ministério da Saúde. 

Sem reconhecimento
Muito diferente do que os marqueteiro do deputado tentam colocar na cabeça dos ACS/ACE, ele não realizou nenhuma ação de grande importância para nenhuma da duas categorias. Algo muito claro de se identificar, basta analisar que ele somente fez menção aos agentes, apenas pouco antes de ser afastado do Ministério. Se for levado em conta que todos os dias ele esteve em contato  com a imprensa nacional, elogiando e aplaudindo o trabalho realizado pelos médicos, enfermeiros e demais técnicos da saúde, o deputado desconsiderou totalmente que os agentes comunitários e de combate às endemias são essenciais no combate ao coronavírus.

Apoiadores do deputado
Para os apoiadores do deputado Mandetta, ele não precisa provar e nem fazer nada pela categoria dos ACS/ACE, afinal, assim como todos os demais políticos, ele já tem feito muito ao longo de muitos anos. 


Tentando corrigir os erros com ilusões
Na tentativa de reparar as falhas que cometeu contra os ACS/ACE, buscando garantir milhares de cabos eleitorais trabalhando gratuitamente, o médico ortopedista Mandetta, tem feito uma série de articulações com entidades da categoria, buscando fortalecer a imagem de ajudador desinteressado da categoria. O que não passa de uma grande ilusão, considerando que a postura do deputado é muito semelhante aos demais deputados, também os senadores e demais políticos, que buscam nos ACS/ACE importantes aliados para conseguir os seus objetivos.

Histórico da trágica realidade causada pela "politicagem" contra os ACS/ACE:

Pesquisa Nacional realizada pelo Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil. De cada 10 ACS/ACE apenas 3 recebem o Piso Nacional atualizado.

O golpe que os ACS/ACE tem sofrido
O Piso Nacional, criado em 2014não passou de um golpe perverso. Em sete anos de sua criação (de 2014 a 2021) ele terá recebido apenas um reajuste parcelado em três vezes. A última parcela será paga no próximo ano (21). Esse reajuste não passou de um terrível golpe, na verdade, o falso Piso Nacional recebeu apenas uma atualização das perdas correspondente aos anos de 2014 a 2018. Ele permanece congelado até 2021.

Piso Nacional para poucos: Conforme pesquisa nacional realizada pelo JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil, de cada dez ACS/ACE apenas três conseguem garantir o recebimento do chamado "Piso Nacional." Isso sem falar no que ocorre com o PMAQ, PQA-VS, gratificações por desempenho, Incentivo Adicional de final de ano, etc. São direitos que só existem para um grupo da categoria, não para todos.

Pesquisa Nacional realizada pelo Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil. Apenas 31,1% dos Agentes Comunitários declararam receber o PMAQ.


Sem acesso ao direito
Assim como ocorre com Incentivo Adicional, PQA-VS ( que deveria ser pago aos ACE's), o PMAQ - Portal da Secretaria de Atenção Primária a Saúde também é negado aos Agentes Comunitários de Saúde na grande maioria das cidades brasileiras. Enquanto os agentes ouvem o discurso de que ela é forte, os prefeitos mostram que força de suas má-administrações são muito mais fortes ao negar diversos direitos da categoria, inclusive, o PMAQ.

Sem estabilidade: Embora as instituições que se dizem defensoras da categoria (a nível nacional) escondam a verdade, desde 2006 que agentes comunitários e de endemias estão sendo substituídos em praticamente todos os estados brasileiros. O JASB tem denunciado esse absurdo ao longo dos anos, contudo, as entidades que se dizem representativas silenciam, falam apenas nas falsas conquistas, as que permanecem no papel para sessenta e sete por cento de todos os ACS/ACE do país.

Para se ter uma ideia, só na capital do Rio de Janeiro foram demitidos mais de 1.500 agentes comunitários. Praticamente de uma só vez. Em Porto Alegre, foram quase 900 ACS/ACE e as demissões continuam em todas os estados do país. No Google é possível identificar a abertura de processo seletivo para ACS/ACE todos os dias. As contratações precárias estão eliminando os agentes pouco a pouco, impossibilitando que eles continuem existindo no futuro.

Para que essa situação dramática seja desfeita, sem dúvida alguma, a categoria precisa reagir, focar em seus objetivos, não reconduzir nos cargos os representantes que não produzem resultados expressivos. Tendo consciência de que a sucessiva recondução de um represente numa entidade representativa, acaba limitando os avanços dos representados. Apenas trazendo mais despesas para que sejam pagas pelo patrimônio financeiro dos ACS/ACE.

JASB - Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil

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